domingo, 16 de outubro de 2011

Music reviews: Patrick Stump, M83, Kuedo

Quando Patrick Stump cantava para a banda suburbana de Chicago, Fall Out Boy, você poderia dizer que ele estava faminto como o lobo acanhado das roupas alt-rock.

"É como uma surpresa para as pessoas que eu goste tanto de R&B, jazz, hip-hop", contou Stump na última primavera quando sua turnê chegou a cidade. "Posso conversar mais sobre isso do que posso falar sobre rock moderno. Se você realmente escuta Fall Out Boy, nunca fomos realmente caras totalmente do rock. ...Estou chamando o álbum de 'Soul Punk'  em parte porque tem essa hipótese de que lançarei um álbum R&B ou um álbum pop-punk, e não sou nenhum dos dois. Estou entre isso. Sou meu próprio excêntrico eu."

O transformador álbum de Patrick Stump, "Soul Punk" (Island), á venda essa semana, permite que todo seu pequeno e excêntrico "eu" se liberte -- todos os sintetizadores R&B dos anos 80, todos os jams Ray Parker, todo o hip-hop New Jack, e toda a influência de Michael Jackson (nenhuma surpresa, dado ao seu popular medley do MJ no YouTube). Ele produziu tudo, escreveu tudo, e toda praticamente cada instrumento nele. Em shows recentes, ele é desviado de seu próprio material para não tocar músicas do FOB, mas para unir medleys de artistas como Bobby Womack, de Bell Biv e Paul Billy.

Tem sido interessante observar Stump, literalmente, sair de sua concha. Sua aparência camaleão - de um desajeitado quatro-olhos com costeletas debaixo de todos aqueles bonés, para o hoje em dia esbelto de cabelo curto e luvas sem dedos, smokings estilo "Outland" (lançado nesse verão no Lollapalooza), uma estética entre Sheila E e Corey Haim - espelham sua revolução musical.

Depois da pseudo-separação do FOB, Stump começou a brincar com sons, elaborando músicas mais adaquadas em torno de sua voz naturalmente soul, mesmo lançando diferentes versões de músicas e fazendo enquetes para os fãs a respeito do que eles preferiam. A direção, no entanto, sempre foi apontada para o puro pop de "Soul Punk", o tipo de dança e os jams que fizeram Justin Timberlake uma estrela grande o suficiente para colocar em saltos altos.

Se isso fosse em 1997, ou especialmente em 1987, a estréia solo de Stump poderia colocá-lo num caminho similar. O que o mundo vai dizer desse ousado, retro, grunhido e falsete agora, a mente bobina. "Dance Miserable" é um bom exemplo de abordagem de Stump, que estabelece um ritmo colante e empilhando em sintetizadores pesados, harmonias crescentes, funk bass, breakbeats ocasionais, letras espirítuosas e raps sobre várias razões deprimentes para começar a dançar. "Allie" chega pesada com um estrondo, uma intro orquestrada como um refrão asiático antes de ficar toda estilo Maroon 5 em seus lamentos à mulher sedutora. A fórmula velocidade total fica muito cantativa perto do final (uma canção chamada "Coast" é bem sequenciada), as duas versões de "This City" - você gostaria que fosse sobre Chicago, mas o antecedente é vago o suficiente  para qualquer câmara de comércio e o vídeo mostra um horizonte que definitivamente não é nosso - é um pouco demais, como se os comerciantes do selo de Stump sugerissem que seria útil ter uma versão que não incluísse no meio o rap de Lupe Fiasco.

Uma vez que você perceber que a MTV antiga se levanta e o som de pop clássico de rádio não é colocado, é difícil não se aquecer aos pecadilhos especiais de Stump, mesmo se no momento tudo se envolve e você ainda não tem certeza se ele deve abrir para Chris Brown ou para Lonely Island. De qualquer forma, é um bom álbum de verão para o outono.

Em concerto: Veja Stump ao vivo novamente em 11 de novembro no Metro.

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