sexta-feira, 28 de outubro de 2011


Patrick Stump sobre seu novo álbum e a vida após o Fall Out Boy.
Patrick Stump on His New Album & Life After Fall Out BoyPatrick Stump ficou famoso como o elevado vocalista do da bem-sucedida banda de punk rock, Fall Out Boy. Mas, enquanto em um "hiatus indefinido" da banda (os rumores de sua separação não tem fundamento), Stump foi em frente e gravou um álbum solo chamado Soul Punk. Aparentemente, ele pegou a parte do solo literalmente, já que ele escreveu, tocou e produziu tudo sozinho. No álbum, Stump banha suas canções em sintetizadores, lembrando a nova onda dos anos 80, mas existem, como o título sugere, elementos aqui de soul e R&B. Aqui, Stump fala sobre seu novo som, diagnostica a música mainstream, e lança luz sobre sua carreira pós Fall Out Boy.

Você gravou Soul Punk sozinho. Como foi isso?

Foi estranho, porque era muito do dia-a-dia e eu não tinha que trabalhar com mais ninguém além de mim mesmo. Senti me libertar e tinha um tipo diferente de vibe. Não havia realmente um monte de grandes experiências, já que na maior parte do tempo enquanto fazendo um disco com uma banda, poderia ter argumentos sobre algo, uma briga, uma espécie de barreira. Se qualquer coisa, foi a experiência mais relaxante. Se eu quisesse ir buscar o lmoço, eu poderia ir buscar o almoço.

Porquê você deu o nome Soul Punk ao seu álbum?

Por muitas razões. Obviamente, uma das coisas que eu sempre senti um pouco fora de lugar na cena punk rock. Enquanto eu escutava um monte das mesmas bandas de punk rock, eu também escutava um monte de R&B, soul, jazz e hip-hop. Essas foram todas as grandes influências para mim. E da mesma forma quando eu estava produzindo e escrevendo, eu ainda me referiria a um disco de hip-hop ou R&B. Eu também queria colocar minha estaca no chão sobre os dois gêneros, e invocando o que essas coisas significam pra mim. Muitas pessoas usam palavras ignorantes para explicar o que aquelas palavras significam. A idéia de que o punk é apenas moicanos cor de rosa e reclamar sobre a merenda escolar. Sempre vi isso mais como um estado de espírito do que como uma questão de moda. Encontrei uma relação entre os dois e eu queria uma frase de efeito. Eu também queria tocar com as pessoas, porque quando você diz "soul punk" há expectativas de como isso deve soar.

Você tem algum artista favorito de R&B e Soul que você admira?

O renascimento de Charlie Wilson tem sido incrível. Ele pode fazer uma voz louca. Eu nunca escuto algo que seja exclusivamente R&B, mas ao mesmo tempo, não consigo pensar em nenhum cantor de rock que eu aprecio que também não sejam inspirados por R&B. Nós poderíamos voltar o caminho para Jackie Wilson, Ray Charles, Nt King Cole, aos artistas do tempo de Prince em Minneapolis. E agora, são algumas pessoas talentosas novas saindo. Estou animado com Frank Ocean.

Sobre o que é o primeiro single, "This City"?

Eu meio que queria fazer uma declaração sobre nossa cultura da cidade e os subúrbios, porque os subúrbios são a cidade. Eles são uma extensão, e foi uma maneira de falar sobre a minha relação pessoal com isso. Parece haver a ideia na América de que você não é real a menos que você viva numa cidade pequena, que as pessoas são mais reais em cidades menores. Eu não acho que as pessoas percebam o quanto isso é arrogante. A maioria das pessoas vivem numa cidade nos Estados Unidos, e eu estava pensando sobre isso. Algo realmente mexeu comigo depois do Katrina, e eu fiquei pensando sobre New Orleans. Me lembro de alguém ter dito depois de tudo ter acontecido, "Eles podem se mudar". E eu fiquei tipo, "Não, eles não podem". As pessoas que ali vivem, suas casas estão lá, sua cultura está lá. Você não pode simplesmente se levantar e se mudar dali. Então é uma música muito simples, e fácil de entender, mas eu queria uma música para esse sentimento. Eu queria algo que as pessoas pudessem se levantar e dizer, "Não, esta cidade é a minha cidade".

Você tem alguma coisa a dizer sobre a música mainstream?

Eu acho que o mainstream é sempre um passo atrás do que está acontecendo em qualquer outro lugar, mas eu também não sinto que há algo errado com ele. Eu acho que na maioria das vezes, a música agora é legal. Estou um pouco esgotado com as batidas dessas danças de "sair do chão". Eu acho que há um monte de música boa por aí, mas seria bom ter algo a mais no rádio.

Do que se trata a música "Dance Miserable"?

A música é abertamente política. É um dos momentos mais apaixonados pela política americana. Há os protestos Occupy Wall Street, e depois no outro lado, você tem o movimento Tea Party. Com todos esses diferentes movimentos, eu estava pensando como muitas vezes a resposta para as pessoas em protesto é reunir religião à política. Eu estava um pouco preocupado com a idéia de separar Igreja e Estado. Se você é religioso, sua fé não pode determinar o que acontece depois de nossas vidas, mas supõe-se a cuidar do que acontece aqui. E porque eu escrevi "Dance like you're disappointed" (dance como se estivesse desapontado) é porque as pessoas estão focadas. As pessoas estão votando, e as leis estão ficando passadas sobre o que acontece na vida das pessoas, e é tipo, as pessoas estão fora dos postos de trabalho, perdendo casas, elas precisam de roupas e alimentos, e tudo com o que você se preocupa é com quem eles estão dormindo e se eles estão fumando um baseado? Eu não me importo com nenhuma dessas coisas. O que eles precisam é de comida e de abrigo. As pessoas estão indo para a selva, perdendo seus empregos e famílias, e eu sinto que é irresponsável.

Você já sentiu a pressão ou a necessidade de provar que você não é apenas o vocalista do Fall Out Boy?

Seja lá o que for, eu não estou tentando, eu não vou a lugar nenhum, alguma sala, alguma estação de rádio, e presumo que alguém dá a mínima por eu ser o cara do Fall Out Boy, você sabe o que quero dizer? Eu não descanso meus loureiros nisso. Ao promover Soul Punk, eu tenho muita coisa para trazer. Se você vai usar uma palavra como "soul", você tem que provar que você tem isso. Se você vai usar uma palavra como "punk", você tem que provar que você tem isso. Estou tentando chegar a um lugar em que eu sinto que mereço estar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário